Você conhece a SOP? Saiba as causas, diagnóstico e tratamentos da Síndrome do Ovário Policístico
Estima-se que aproximadamente 7% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva sejam atingidas pela Síndrome do Ovário Policístico – ou, como é conhecida nos consultórios de todo o Brasil, SOP. O dado é do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de São Paulo.
Os primeiros estudos sobre a SOP são datados em 1935, quando grupos de médicos pesquisadores identificaram, durante autópsias, múltiplos pequenos cistos nos ovários de mulheres que apresentavam ciclo menstrual irregular e características fisicamente correspondentes ao descontrole hormonal.
Esses estudos, então, foram sendo desenvolvidos ano a ano. Com o avanço da medicina, os médicos finalmente chegaram a um consenso acerca da definição da Síndrome do Ovário Policístico!
Trata-se de um distúrbio endócrino, cuja causa pode ser multifatorial, que resulta em descontrole dos níveis hormonais – e, dessa maneira, causa a formação de microcistos nos ovários, fazendo-os sofrer aumento em seu tamanho.
Parece assustador, não é mesmo? Mas não há motivo para pânico: a SOP tem tratamento, e quanto mais cedo o diagnóstico, menores serão as complicações. Vem saber mais!
Sintomas da SOP
Os sintomas causados pela Síndrome do Ovário Policístico são simples e fáceis de serem observados – mas também podem passar despercebidos, sendo necessário que a mulher fique atenta em seu autoconhecimento com frequência. São eles:
- Ciclo menstrual irregular;
- Aparecimento de características masculinas, como pelos – principalmente na região facial, nas costas e no tórax;
- Oleosidade intensa da pele e dos cabelos;
- Aumento de peso significativo.
O que causa a Síndrome do Ovário Policístico?
São múltiplos os fatores que podem causar a SOP. Os mais comuns, entretanto, são
- A genética
Converse com sua mãe, avós e tias: se alguma delas tem o diagnóstico de SOP, a probabilidade de você desenvolvê-la é considerável – já que um dos principais fatores causadores da condição é puramente genético.
- Alterações no metabolismo
Um dos possíveis motivos para desenvolver a SOP é a resistência à ação da insulina no organismo – o que configura uma alteração metabólica, causadora de distúrbios hormonais.
- Disfunção do hormônio luteinizante
Conhecido como LH, o hormônio luteinizante é produzido pela hipófise e é o responsável pelo amadurecimento dos ovários da mulher.
As mulheres com diagnóstico de SOP podem contar com a disfunção pulsátil do LH, o que estimula o desequilíbrio da produção de hormônios femininos e masculinos – formando, assim, os cistos.
Como é feito o diagnóstico?
Para “bater o martelo” num diagnóstico de Síndrome do Ovário Policístico, o médico deve identificar pelo menos 2 dos 3 critérios básicos que definem a condição.
O primeiro deles é o hiperandrogenismo; essa condição define-se pelo aparecimento frequente de características predominantemente masculinas, como o aparecimento excessivo de pelos em locais incomuns às características femininas, oleosidade em excesso, acne e perda capilar.
Os exames médicos, além disso, são essenciais para o diagnóstico e compõem o segundo critério: o aparecimento de cistos no ultrassom. Recomenda-se, no caso de mulheres que já tenham vida sexual ativa, a técnica do ultrassom transvaginal.
O terceiro tópico a ser observado é, sem dúvidas, a irregularidade menstrual frequente. Tem observado seu ciclo desregulado, passado meses sem a visita da menstruação ou não identifica nenhuma constância nas datas? É bom ficar atenta!
Uma vez identificados dois dos três fatores, recomenda-se que a mulher faça exames laboratoriais para analisar a quantidade e a produção dos hormônios correspondentes. Dependendo do resultado, não restarão dúvidas: é SOP!
Tratamentos
Os tratamentos da Síndrome do Ovário Policístico não são complexos.
Normalmente, recomenda-se o uso de anticoncepcionais – orais ou em forma de implante – para regular a atividade hormonal, controlando, assim, os sintomas causados pela síndrome.
Ademais, é essencial que a mulher diagnosticada com SOP mantenha uma rotina equilibrada e cultive hábitos saudáveis, de forma a manter a atividade metabólica constante e controlada.
E se eu quiser engravidar?
Mulheres com Síndrome do Ovário Policístico podem ter tendência à infertilidade. Isso ocorre porque o hormônio alterado pela síndrome, o LH, é responsável pela maturação dos óvulos; uma vez em distúrbio, tal hormônio não consegue cumprir seu papel, impedindo que a mulher complete o ciclo da ovulação – essencial para a fecundação.
Entretanto, graças à medicina, as mulheres com SOP que sonham em serem mamães podem respirar aliviadas: uma das formas de tratamento da síndrome exclusiva para mulheres que querem engravidar é a Indução da Ovulação.
Nesse caso, o médico receitará remédios que darão conta do recado, permitindo que a ovulação aconteça com sucesso. Esse procedimento, porém, exige mais uma série de cuidados com a saúde que não podem ser negligenciados pela paciente.
Não há o que temer: converse sempre com seu médico ginecologista e sempre tenha os exames em dia! SOP tem tratamento.
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