Endometriose: campanha “Março Amarelo” estimula a conscientização sobre a doença
O corpo feminino carrega consigo diversas peculiaridades. Por isso, as medidas preventivas e o acompanhamento médico frequente devem ser constantes para que sua saúde ginecológica sempre esteja em dia!
O período de idade fértil feminina determina-se desde a primeira menstruação – a chamada “menarca” – até a menopausa. Desde o início desse ciclo, uma série de itens devem ser observados para descartar a possibilidade de algumas doenças e complicações.
Caso a mulher tenha ciclos menstruais difíceis e desregulados, cólicas extremamente intensas e/ou dificuldade para engravidar, vale a pena acender um alerta: pode ser endometriose.
O mês de março foi o escolhido no Brasil para a campanha de conscientização sobre a doença. Vamos conversar a respeito?
O que é a endometriose?
Podendo acometer jovens desde os primeiros ciclos menstruais, a endometriose acontece quando o endométrio (tecido de revestimento interno do útero, que descama durante a menstruação) desenvolve-se fora do órgão, resultado em tecidos ectópicos. Os locais mais comuns para esse crescimento são:
- Ovários
- Ligamentos que sustentam o útero
- O espaço entre o reto e a vagina ou o colo do útero
- O espaço entre a bexiga e o útero
Esse tecido deslocado descama junto com o comum durante os períodos menstruais, podendo causar inflamações, dores intensas e cicatrizes.
Infelizmente, seu diagnóstico é complexo: apesar de ser uma das doenças ginecológicas mais comuns, acometendo 15% das mulheres brasileiras segundo a Organização Mundial da Saúde, identificar a endometriose exige muito mais que um simples hemograma.
Devido aos seus sintomas comuns a outras doenças, a endometriose facilmente pode ser confundida com a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
Apenas a videolaparoscopia pode diagnosticar efetivamente a doença, identificando os focos dos tecidos fora do útero e classificando a endometriose entre leve, moderada e grave.
Como é o tratamento da endometriose?
O tratamento da endometriose depende do grau de gravidade da doença.
As formais mais comuns de tratar a condição são:
- A prescrição de medicamentos anti-inflamatórios e não esteroides para o alívio da dor;
- Para as mulheres que não querem engravidar tão cedo, a administração de contraceptivos hormonais orais;
- Medicamentos para suprimir a atividade dos ovários.
Para os casos mais leves, essas maneiras de combate devem prevenir.
Entretanto, caso o médico perceba
- A ineficiência da medicação prescrita para o alívio das dores intensas;
- Que o tecido endometrial ectópico está bloqueando as trompas de Falópio;
- Que as adesões do tecido ectópico estão propensas a causar complicações mais sérias no abdômen;
- Ou que a endometriose pode contribuir para a futura infertilidade da mulher,
Recomenda-se a cirurgia para retirar tais tecidos, podendo ser feita através da cauterização por videolaparoscopia ou por incisão abdominal.
Após o procedimento, estima-se que 40% a 70% das mulheres ainda podem engravidar.
Mesmo após a remoção, porém, é comum que a endometriose volte a existir; entretanto, sua incidência deve ser significativamente menor, devido aos tratamentos combinados.
A histerectomia – retirada completa do útero – só é realizada em casos extremos e após conversas intensas entre médico e paciente.
Quem está propensa a desenvolver a endometriose?
A endometriose pode ser hereditária. Além disso, mulheres que
- sofrem alta carga de estresse;
- contam com anomalias anatômicas no útero;
- tiveram o primeiro filho após os 30 anos;
- possuem ciclos menstruais curtos com fluxo intenso;
- têm ciclo desregulado;
- cultivam maus hábitos de qualidade de vida;
estão mais propensas a desenvolver a doença.
Quem tem endometriose pode ter uma vida normal?
Com certeza absoluta!
Com o tratamento correto e a sintonia entre médico e paciente, a mulher com endometriose pode ter as dores totalmente amenizadas e uma qualidade de vida comum a mulheres que não apresentam a condição.
Para isso, fique atenta aos sinais! Quanto antes o diagnóstico da endometriose, menos tecido ectópico será encontrado e mais fácil será o tratamento.
Consulte seu médico com frequência e realize todos os exames de rotina. Sua saúde é importante. Autocuidado é mais que estética!
Ainda tem dúvidas? Entre em contato conosco!
A Clínica Miranda está aqui para te ajudar.